DSpace Collection:https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/6332024-03-29T06:36:45Z2024-03-29T06:36:45ZO Uso de Corticosteroide Inalatório a Longo Prazo Está Associado a Piores Desfechos de Saúde em Adultos com Asma?PEDROSO, Arielehttps://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/593672023-07-18T18:11:00Z2023-07-18T00:00:00ZTitle: O Uso de Corticosteroide Inalatório a Longo Prazo Está Associado a Piores Desfechos de Saúde em Adultos com Asma?
Authors: PEDROSO, Ariele
Abstract: Introdução: Os corticosteroides inalatórios (CSI) são amplamente utilizados no
tratamento da asma devido aos seus efeitos anti-inflamatórios. Há evidências de que
os CSI melhoram o controle da asma, medido pela melhora dos sintomas e na redução
das exacerbações. Apesar dos benefícios que a medicação traz a essa população,
existem alguns efeitos adversos relacionados à dose. Portanto, é cientificamente
relevante investigar se, a longo prazo, a medicação pode ser prejudicial em desfechos
de saúde em indivíduos adultos com asma. Objetivos: Identificar o efeito da utilização
de CSI por tempo prolongado nos desfechos de saúde em indivíduos adultos com
asma. Métodos: Estudo transversal com indivíduos com diagnóstico de asma
moderada a grave e clinicamente estáveis. Foram avaliados: histórico de
exacerbações, função pulmonar (espirometria), controle da doença (Asthma Control
Test - ACT), qualidade de vida (Asthma Quality of Life Questionnaire - AQLQ),
ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale - HADS), dispneia
(modified Medical Research Council - mMRC), força muscular respiratória
(manovacuometria), força de membros inferiores (contração isométrica voluntária
máxima), força preensão palmar (dinamometria), capacidade funcional (Teste de
caminhada de 6 minutos [TC6min], 4-meter gait speed [4MGS], Timed up-and-go
[TUG], Sit-to-stand [STS]), atividade de vida diária (London Chest Activity of Daily
Living - LCADL e Glittre-ADL test), atividade física na vida diária (acelerômetro
Actigraph®) e composição corporal (bioimpedância corporal). Foram comparados os
grupos que usaram a medicação por ≤ 3 anos (N=37) e >3 anos (N=30), essa divisão
dos grupos foi feita pela mediana do tempo de uso dos CSI. Resultados: Dentre os
67 indivíduos analisados, 69% eram do sexo feminino, adultos (49±14 anos), IMC
29±6 kg/m², em uso de CSI (budesonida, beclometasona ou equivalente) em dose
média (655±333 mcg) associado broncodilatador de longa duração (20±14 mcg), com
36 [12-72] meses de uso. Não foram identificados piores desfechos no grupo que usou
a medicação por mais tempo, exceto pelo volume expiratório forçado no primeiro
segundo, em litros (P=0,014), mas essa diferença deixa de existir quando ajustada
para idade e IMC (2,36±0,11 vs 2,03±0,12; P=0,055). Conclusão: O grupo que usou
CSI por mais tempo teve resultados semelhantes em comparação ao grupo que usou
por menos tempo. Devido ao mecanismo de ação local e à baixa exposição sistêmica,
acredita-se que a CSI possa ter pouco efeito negativo nos desfechos avaliados neste
estudo.2023-07-18T00:00:00ZEfeitos da Suplementação de Whey Protein sobre a Função e Hipertrofia Muscular em Resposta ao Treinamento ResistidoJACINTO, Jeferson Lucashttps://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/571082023-06-19T19:42:03Z2023-06-19T00:00:00ZTitle: Efeitos da Suplementação de Whey Protein sobre a Função e Hipertrofia Muscular em Resposta ao Treinamento Resistido
Authors: JACINTO, Jeferson Lucas
Abstract: Introdução: A suplementação proteica em combinação com treinamento resistido
(TR) pode ser uma estratégia não farmacológica adequada para ser aplicada em
populações saudáveis com o objetivo de melhorar função e massa muscular e em
populações não saudáveis, em processo de reabilitação da função e massa muscular,
tais como em condições patológicas (câncer, HIV, diabetes, insuficiência cardíaca e
DPOC), e fisiológicas (envelhecimento), bem como em situações de desuso muscular
(imobilização ou hospitalização). A suplementação proteica associada ao TR pode
implicar no aumento da taxa de síntese proteica muscular (SPM). Prévios estudos
sugerem que a suplementação de whey protein (WP) pode promover aumento
significativo na taxa de SPM em comparação com outras proteínas de baixa qualidade,
tal como os peptídeos de colágeno (PC). Essa vantagem da WP pode estar
relacionada a maior quantidade de aminoácidos essenciais, especialmente a leucina
(Leu) - principal promotor da SPM por meio da ativação da via de sinalização
mTORc1/p70S6K. Assim, especula-se que os efeitos ergogênicos do PC poderão ser
similares a WP se a quantidade de Leu ingerida semanalmente for equiparada durante
o programa de TR. Além disso, com o aumento da SPM, a suplementação de WP
também pode ser uma estratégia eficaz durante a recuperação das sessões de TR,
podendo esta recuperação potencializar os ganhos de força e massa muscular
durante um programa de TR. Objetivo: A programação de pesquisa da presente tese
contempla dois estudos, sendo uma Revisão Sistemática com Metanálise (Estudo 1)
e um Ensaio Clínico Randomizado (Estudo 2). O estudo 1 teve como objetivo
apresentar uma revisão sistemática com metanálise sobre os possíveis efeitos da
suplementação com WP combinada ao TR sobre os ganhos de força e massa
muscular em adultos jovens. A proposta do estudo 2 foi investigar o efeito da
suplementação de whey protein (WP) versus peptídeo de colágeno (PC), equiparados
pela quantidade de Leu, sobre a força, potência, e hipertrofia muscular durante um
programa de treinamento resistido (TR) em adultos jovens. Métodos: Para o estudo
1 conduzimos uma busca de artigos nas bases de dados PubMed, Cochrane e
Embase com termos específicos relacionados à WP, TR, força e hipertrofia muscular.
Treze estudos foram incluídos na análise a partir da triagem inicial e aplicação dos
critérios de inclusão e exclusão, e procederam-se as etapas de extração dos dados e
análise da qualidade das evidências. Os dados de ambos os estudos foram
submetidos a análise estatística apropriada. Para o estudo 2 foram recrutados vinte e
dois indivíduos adultos jovens não treinados, que foram aleatoriamente randomizados
em dois grupos: WP (n = 11) ou PC (n = 11) - equiparados com a mesma quantidade
de leucina (3 g). Os grupos foram submetidos a um programa de TR com duração de
10 semanas (3 x/semana) e suplementados com uma quantidade equivalente de WP
(35 g, contendo 3,0 g de leucina) e PC (35 g, contendo 1,0 g de leucina + 2,0 g de
leucina livre) durante todo o período de intervenção (pós-treino e à noite em dias sem
treino). A espessura (diâmetro) dos músculos vasto lateral (VL) e bíceps braquial (BB),
o pico de torque isocinético e potência média dos flexores do cotovelo, e a potência
pico de membros inferiores foram avaliados nos momentos pré e pós o programa de
TR. Resultados: No estudo 1, houve um efeito significante a favor da WP (versus
placebo) no aumento da força dinâmica máxima (uma repetição máxima [1RM])
(diferença média padronizada [DMP95%] = 5.19 [1.16,9.22]; p = 0.01), e massa
muscular (SMD95% = 0.32 [0.08,0.56]; p = 0.01). No estudo 2 o grupo WP apresentou
maior aumento (tempo p < 0,05; interação p < 0,05) da espessura do VL (effect size,
WP: 0,68 vs. PC: 0,38; %∆, WP: 8,4 ± 2,5 vs. PC: 5,6 ± 2,6%) e BB (effect size, WP:
0,61 vs. PC: 0,35; %∆, WP: 10,1 ± 3,8 vs. PC: 6,0 ± 3,2%), sem diferença significante
entre os grupos (tempo p < 0,05; interação p > 0,05) nas variáveis de desempenho
muscular (pico de torque isocinético, potência média e potência pico). Conclusão: O
compilado de estudos da metanálise evidenciou que a suplementação de WP (versus
placebo) pode promover efeito benéfico sobre a força e massa muscular. A
suplementação de WP parece ser superior à suplementação de PC (equiparados pela
quantidade de leucina) nos ganhos de hipertrofia, mas não na função muscular, após
um programa de TR a longo prazo em adultos jovens.2023-06-19T00:00:00ZComparação entre os Valores Séricos dos Biomarcadores Inflamatórios com a SensaçÃo e Interferência do Zumbido na Qualidade de Vida em IdososTANAKA, Licia Sayurihttps://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/570072023-06-19T13:10:48Z2023-06-19T00:00:00ZTitle: Comparação entre os Valores Séricos dos Biomarcadores Inflamatórios com a SensaçÃo e Interferência do Zumbido na Qualidade de Vida em Idosos
Authors: TANAKA, Licia Sayuri
Abstract: Introdução: O envelhecimento é um processo multifatorial que envolve complexas
interações entre mecanismos biológicos e moleculares caracterizado pelo acúmulo de
processos degenerativos que geram inflamação crônica e insidiosa. Por sua vez, esta
estimulação contínua do sistema imune inato aumenta significativamente o risco de
morbimortalidade. O zumbido é um sintoma comum que afeta a população idosa com
mais frequência e pode interferir na saúde mental e no bem-estar psicológico e
contribuir para o desenvolvimento de declínio cognitivo. Apesar dos recentes avanços
nas pesquisas, sua fisiopatologia ainda não está totalmente elucidada. Sendo assim,
a inflamação relacionada ao envelhecimento pode ser um dos processos envolvidos
na origem do zumbido. Dessa forma, ressalta-se a importância da pesquisa de
biomarcadores para auxiliar na caracterização dos complexos processos da
senescência e permitir medidas preventivas e terapêuticas para garantir o sucesso no
envelhecimento. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a sensação e
repercussão do zumbido na qualidade de vida de idosos e sua correlação com
interleucinas pró e anti-inflamatórias. Método: Esta dissertação está estruturada no
manuscrito “Biomarcadores inflamatórios e sensação de zumbido e qualidade de vida
em idosos”, um estudo transversal com uma amostra de 103 idosos independentes.
Foi realizada anamnese sobre história clínica pessoal, zumbido e perda auditiva. A
intensidade e o comprometimento do zumbido foram avaliados pela Escala Visual
Analógica (EVA) e a versão brasileira do Tinnitus Handicap Inventory (THI). Realizouse avaliação audiológica, medidas psicoacústicas do zumbido e dosagens sérica de
marcadores inflamatórios (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, INF-γ e TNF-α). Resultados: Entre os
idosos com zumbido (50,1%), houve associação entre zumbido e perda auditiva (p =
0,007; Φ = 0,242) e zumbido e exposição prévia ao ruído (p = 0,049; Φ = 0,202). Além
disso, não houve diferença entre os grupos com e sem zumbido e as citocinas. Mas
encontramos diferença no grupo masculino para IL-10 (p = 0,016; r = 0,69).
Adicionalmente, observamos correlação significativa para EVA e IL-6 (p = 0,018; rs =
0,335) e nível mínimo de mascaramento e IL-2 (p = 0,035; rs = 0,299). E o grupo THI
intenso e o grupo leve apresentaram diferença nos níveis de TNF-α. Conclusões: Os
resultados do presente estudo sugerem uma associação entre zumbido e perda
auditiva e zumbido e exposição prévia ao ruído. Pode-se concluir também que o
aumento do nível de intensidade sonora para mascaramento foi correlacionado com
IL-2 e o mesmo foi encontrado entre VAS e IL-6. Além disso, os níveis de TNF-α são
diferentes nos grupos THI leve e intenso.2023-06-19T00:00:00ZAssociação entre risco de desnutrição e indicadores de reabilitação hospitalar em pacientes com COVID-19.PINHEIRO, Vanessa Esquissatohttps://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/558852023-06-02T13:41:31Z2023-06-02T00:00:00ZTitle: Associação entre risco de desnutrição e indicadores de reabilitação hospitalar em pacientes com COVID-19.
Authors: PINHEIRO, Vanessa Esquissato
Abstract: A COVID-19, conhecida como síndrome respiratória aguda grave de coronavírus 2 (SARS-CoV-2), é causada por uma nova cepa de vírus da família Coronaviridae. Através do comprometimento do estado nutricional pela COVID-19, pacientes hospitalizados contaminados com o vírus tendem a apresentar risco nutricional no momento da internação, devido especialmente ao aumento do gasto energético em função da infecção. Sabe-se ainda que dentre os fatores relacionados à gravidade do acometimento estão às comorbidades prévias, que podem servir como fator de confusão do impacto do risco de desnutrição nesses pacientes. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar a associação entre risco de desnutrição e indicadores de reabilitação hospitalar em pacientes com COVID-19. Trata-se de um estudo retrospectivo realizado mediante análise de prontuários de pacientes portadores de COVID-19, internados em hospital terciário. Foram elegíveis para o estudo os prontuários de 562 pacientes adultos de ambos os sexos, internados no período de abril de 2020 a dezembro de 2021. Foram coletados dados correspondentes a idade, risco de desnutrição, tempo de internação, desfecho clínico, mobilidade, comorbidades, ingesta alimentar, tipo de ventilação e dieta. Utilizou-se intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5% (p<0,05) para todos os testes. O teste Qui-Quadrado foi utilizado para verificar associação da variável independente (risco de desnutrição) com as dependentes. As associações com índice de significância de P<0,2 foram submetidas a regressão de Poisson para identificação da razão de prevalência. De acordo com os dados analisados, é possível verificar que pacientes portadores de COVID-19 com risco de desnutrição, apresentaram 90% mais chances de estarem acamados e 35 vezes mais chances de apresentarem redução da ingesta alimentar. Também apresentaram mais chances de utilizarem ventilação mecânica (89%), e dieta enteral (91%). Além disso, indivíduos com risco de desnutrição apresentaram 73% mais chances de óbito. O ajuste por comorbidades não alterou as associações, demonstrando que o risco de desnutrição se associa aos indicadores de reabilitação hospitalar independentemente das comorbidades associadas. Dessa forma, conclui-se que o risco de desnutrição está independentemente associado a piora das chances de reabilitação geral em pacientes acometidos pela COVID-19, incluindo maior prevalência de mortalidade.2023-06-02T00:00:00Z